As taxas de crescimento são indicadores fundamentais para analisar a performance de um negócio. Afinal, é a partir desses indicadores que os gerentes financeiros podem avaliar a rentabilidade dos investimentos realizados pela empresa.
Além disso, as taxas de crescimento possibilitam a comparação de desempenho entre diferentes períodos (anos, semestres ou até de meses específicos).
Ou seja, as taxas de crescimento compostas apontam o retorno, durante um determinado período de tempo, permitindo que a sua equipe consiga identificar como o seu saldo inicial chegou ao saldo final.
Por isso, essas taxas também podem ser usadas para estudar a necessidade de um reajuste no retorno, partindo de uma simulação de crescimento baseado na taxa constante de lucros e reaplicação a cada ciclo.
Neste artigo você vai aprender mais sobre a CMGR e suas funcionalidades além de receber algumas dicas de análise. Confira!
CMGR é uma sigla do termo em inglês "Compound Monthly Growth Rate", que pode ser traduzido para "taxa composta de crescimento mensal".
Através do CMGR é possível analisar a rentabilidade dos ativos do negócio. Isso porque ele oferece as informações necessárias para estimar a rentabilidade necessária para que um investimento chegue no ponto B (saldo desejado) levando em conta o ponto A (saldo inicial).
Essa mesma lógica é aplicada no cálculo do CAGR, (Compound Annual Growth Rate), responsável por acompanhar esse crescimento a nível anual.
O CMGR permite que você verifique a constância do retorno mensal do seu investimento, o que facilita a avaliação do crescimento a um saldo final projetado.
Além disso, é importante observar dois pontos importantes no cálculo do CMGR.
O primeiro é o crescimento constante. Isso porque, por mais que oscilações no crescimento sejam esperadas (às vezes para mais, às vezes para menos), a Compound Monthly Growth Rate falha em mostrar essas variações.
O que pode resultar em uma taxa de retorno que não condiz com a realidade, já que ela analisa o retorno sobre o investimento de um período sem considerar fatores como riscos e perspectivas econômicas.
Além do crescimento constante, outra premissa do CMGR é a de reinvestimento de lucros. Isto é, a empresa não sacaria os rendimentos, possibilitando que os ganhos se multipliquem seguindo a regra dos juros compostos — de que quanto mais o ativo se valoriza, maior será o patrimônio líquido final.
Levando em conta tudo o que já sabemos sobre o CMGR podemos passar para o seu cálculo. Para ele, será usado o saldo inicial, o saldo final, e a variável “n” ( que corresponde aos meses). Dessa forma, encontraremos a seguinte fórmula:
CMGR = (Saldo Final / Saldo Inicial) ^ 1/n – 1
Vamos ver como a fórmula fica em uma aplicação prática?
Imagine que uma empresa têm um saldo final de R$ 100,00 e um valor inicial investido de R$ 50,00 baseado em um período de 3 meses. Ao aplicar esses valores na fórmula ficaria da seguinte forma:
CMGR = (Saldo Final / Saldo Inicial) ^ 1/n – 1
(100/50)^ 1/3 – 1 = (2)^ 1/3 – 1 = 1,25 – 1 = 0,25 = 25%
Através dessa fórmula, podemos observar que houve um crescimento de 25% registrado no trimestre analisado.
Assim como outras métricas e cálculos, o CMGR possui algumas limitações. A primeira, como abordamos anteriormente, seria o fato de ela ser uma taxa de crescimento fictícia.
E, por isso, não refletiria a realidade do comportamento da rentabilidade.
O que, por sua vez, pode acarretar na falta de acompanhamento da volatilidade e os riscos do investimento. Outra questão é que, para um período futuro, ela pode não corresponder mais à realidade.
Principalmente se considerarmos que quanto maior o crescimento de um capital, mais difícil é manter a sua rentabilidade, de forma que a sua taxa média de retorno tende a se alterar ao longo do tempo.
Ainda assim, o CMGR não deixa de ser uma boa forma de comparar e acompanhar os seus investimentos, sempre tendo em mente as limitações citadas anteriormente.
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