O mercado de energia eólica vem passando por uma fase de consolidação de investimentos desde 2014. Graças ao boom impulsionado pelo Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA), até 2020, esse meio sustentável de geração de energia representou 8,8% da matriz elétrica do Brasil.
Por meio do Proinfa, foram implantadas 144 usinas com 3,3 GW de potência instalada, dentre as quais 54 usinas eólicas com 1,42 GW de potência instalada. Toda a energia elétrica produzida pelas usinas do programa foi contratada diretamente pela Eletrobras, por meio de contratos de compra com duração de 20 anos.
Aliando esse cenário à crescente busca por alternativas sustentáveis de geração de energia, a energia eólica tem chamado a atenção também de investidores.
Mas afinal, quais pontos sobre contabilidade e finanças devem ser levados em conta por aqueles que desejam investir na energia eólica?
O mercado de energia eólica começou o ano bem aquecido, com a expectativa de receber até 30 bilhões de reais em investimentos.
Essa estimativa foi traçada pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), entidade que reúne cerca de cem empresas do setor, incluindo fábricas de aerogeradores, de pás eólicas, operadoras de parques eólicos, investidores e diversos fornecedores da cadeia produtiva.
De acordo com Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica, o cálculo foi feito com base nas previsões de instalações. Para ela, “considerando que devemos instalar cerca de 5 GWs em 2022, podemos estimar um investimento de mais de R$30 bilhões”.
Além disso, Gannoum também se mostrou otimista com a chegada de novos contratos e afirmou que “o mercado livre tem mostrado grande crescimento, com grandes empresas fechando contratos diretos com os geradores”.
Para começar, vamos desmistificar o termo offshore? O termo offshore é usado para se referir a tudo que é fora do continente. Enquanto onshore é aplicado a tudo o que é dentro do continente.
Então quando falamos sobre as usinas eólicas offshore, nos referimos às usinas construídas fora do continente - em mares, lagoas e outros corpos d’água.
Esse tema não é novidade no mercado de geração de energia.No exterior, principalmente na Europa, já existem várias usinas eólicas offshore. No entanto, a chegada de novos investidores vem impulsionando o mercado a seguir esse mesmo caminho aqui no Brasil.
Para regulamentar esse avanço, em janeiro de 2022 foi publicado o Decreto Nº 10.946. Em seus artigos é disposta a “cessão de uso de espaços físicos e o aproveitamento dos recursos naturais no mar para a geração de energia elétrica a partir de empreendimentos offshore”.
Desde a publicação do decreto, até junho de 2022, Abeeólica já contabilizou 133 GW registrados em projetos aguardando licenciamento no Ibama para a execução offshore.
De acordo com a dissertação “Aplicação da Teoria de Opções Reais na Avaliação de um complexo eólico”, de Ricardo Matsukura Lindemeyer, o financiamento de investidores é fundamental para o sucesso da expansão.
Em sua análise, o resumo das condições financeiras apresentadas pelo BNDES prevê “uma participação máxima de 80% no investimento e prazo máximo de amortização de 20 anos, em sistema de amortização constante (SAC)”.
Dessa forma, o empreendedor interessado poderá apresentar uma estrutura de contratos com um mix entre mercado livre e regulado ou apenas com contratos no mercado livre.
E, não dá pra falar em expansão, investimento e busca por novos financiamentos sem falar sobre contabilidade e finanças. Separamos abaixo, 5 dicas que as empresas do mercado de energia eólica podem seguir para atrair mais investidores.
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Cada vez mais empresas vêm se interessando pelos movimentos relacionados à sustentabilidade.
No exterior, por exemplo, as primeiras empresas que investiram na produção de energia eólica offshore foram aquelas que já desempenhavam essa tarefa a partir de outras fontes.
Elas enxergaram na energia eólica offshore uma oportunidade de fortalecer as práticas de ESG da empresa, com a estrutura e tecnologia que eles já possuíam.
O primeiro passo para atrair investidores é conhecer seus números e ser capaz de projetar cenários futuros.
Assim, além de mostrar que você encara seu negócio com seriedade, prova que tem planos de ação preparados caso as coisas não aconteçam como planejado inicialmente.
O que passa mais confiança e credibilidade para aqueles que estão em busca de um setor promissor.
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Atualmente, o principal método de avaliação de investimentos adotado é o Fluxo de Caixa Descontado.
Ele considera as projeções do fluxo de caixa futuro que serão geradas pelo investimento ao longo de sua vida útil, descontadas ao custo de oportunidade dos capitais que financiam o projeto
No entanto, o FCD é baseado apenas nas informações disponíveis no momento em que a análise é desenvolvida. E, portanto, vai considerar que os valores dos fluxos esperados do investimento prevalecerão no futuro.
Mas, em um mercado tão aquecido como o de energia eólica, utilizar o FCD significa ignorar as informações que chegam a todo momento.
A dica do tópico anterior fez sentido pra você? Então talvez a flexibilidade gerencial seja uma possível substituta para o Fluxo de Caixa Descontado. Isso porque ela permite tanto capitalizar futuras oportunidades que são favoráveis ao negócio quanto diminuir perdas.
De acordo com Minardi, isso faz com que ela aumente o valor de oportunidade de um investimento,pois melhora seu potencial de ganhos e limita seu potencial de perdas relativas a um gerenciamento passivo ligado às expectativas iniciais.
Outros estudiosos como Brealey e Myers dão um passo à frente e afirmam que graças aos avanços tecnológicos, os profissionais já possuem os recursos necessários para adaptarem técnicas de precificação de opções à avaliação de decisões de investimento, as chamadas opções reais.
Adotando assim métodos de precificação que captam explicitamente o valor da flexibilidade.
É importante ressaltar que as duas metodologias são complementares. Assim sendo, o valor de um projeto pode ser definido como: VPL expandido = VPL tradicional + VPL flexibilidade gerencial.
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