Gestores tomam decisões todos os dias. Algumas com uma visão a curto, outras a médio e longo prazo. Mas, em um cenário em que a cultura data driven vem ganhando cada vez mais espaço, como esses gestores podem encontrar dados para embasar seus planos?
A modelagem financeira é uma ferramenta dinâmica que pode simplificar essa tarefa. Através dela é possível projetar cenários futuros, a partir de uma análise financeira do cenário atual e uma série de premissas dos planos financeiros.
Nesse artigo vamos abordar as principais questões deste recurso. Confira o que você vai aprender:
- Entenda o que é modelagem financeira;
- Elementos básicos para modelagem financeira;
- Onde a modelagem financeira pode ser aplicada;
- Quais são os benefícios dessa modelagem;
- Exemplos de modelagem financeira;
- Passo a passo sobre como criar a modelagem financeira da empresa;
- Como um software de gestão contábil pode ajudar na modelagem financeira.
A modelagem financeira é um recurso desenvolvido para basear a previsão do desempenho financeiro de uma empresa. Ela pode ser usada para projetar um fluxo de caixa ou até mesmo avaliar a viabilidade de um investimento.
O papel da modelagem financeira é visualizar como as decisões operacionais financeiras vão impactar os resultados no negócio, no futuro. Por isso ela é amplamente utilizada para fornecer os dados que norteiam os processos de planejamento estratégico e orçamentário.
Ou seja, a modelagem financeira é uma ferramenta importantíssima para embasar a tomada de decisão. Oferecendo aos gestores um vislumbre das projeções de investimentos a curto e longo prazo.
A modelagem financeira é composta pelos dados fornecidos pelo Balanço Patrimonial, Demonstrativo de Resultado do Exercício e Demonstrativo de Fluxo de Caixa. Por isso consegue ser uma ferramenta tão eficaz. Afinal, ela integra os dados de três demonstrativos financeiros extremamente importantes.
A partir dessa modelagem é possível alterar um elemento e observar como essa mudança afeta as outras partes do todo, de modo consistente e preciso.
- Arrecadar recursos financeiros;
- Aquisição de negócios ou ativos;
- Expansão do negócio (seja através da abertura de novas unidades, seja na entrada de novos mercados);
- Planejamento orçamentário (considerando o lucro futuro, no longo prazo);
- Previsão do desempenho das ações da empresa no mercado;
- Avaliação e alocação de recursos para projetos e setores com mais potencial;
- Comparação do negócio com empresas do mesmo setor.
Tendo em mente as aplicações da modelagem financeira, não é muito difícil vislumbrar os benefícios que ela traz.
A partir da modelagem é possível obter informações mais detalhadas e precisas sobre a saúde financeira do negócio, o que oferece aos gestores, acionistas e investidores mais segurança para avaliar o desempenho do negócio, tomar decisões e fazer investimentos.
Sempre levando em consideração a base histórica, o momento atual e as projeções que o mercado traça para a área de ação da companhia.
Uma dos recorrentes da modelagem financeira é a sua aplicação nos lançamentos de ações no mercado primário (IPO). Nesse caso, o gestor responsável elabora uma modelagem financeira para avaliar a abertura de capital da empresa na Bolsa de Valores.
A partir dessa análise ele consegue comparar sua projeção com o mercado atual e chegar a uma estimativa do que investidores estariam dispostos a pagar por suas ações.
Além disso, os gestores também podem usar a modelagem financeira para encontrar dados relevantes para atrair novos investidores para o negócio.
O primeiro passo na elaboração da sua modelagem financeira é o levantamento dos dados financeiros da empresa. Como mencionado anteriormente, você encontra as principais informações em demonstrações contábeis como DRE, DFC e Balanço Patrimonial.
Agora é a hora de se dedicar à análise das métricas. Ela deve incluir um estudo cuidadoso dos seguintes pontos:
- Crescimento de receita;
- Margens operacionais;
- Desembolsos de capital e ciclo financeiro (prazo médio de pagamento, prazo médio de estocagem e prazo médio de recebimento).
- Base histórica;
- Variações externas (inflação, crescimento do PIB, concorrentes etc.).
Use os números encontrados para projetar uma DRE. Com a Demonstração do Resultado do Exercício você vai trazer definições sobre o horizonte a ser projetado. Ela pode trabalhar os períodos de forma mensal, trimestral ou anual, variando de acordo com o modelo do negócio.
- Leia também: Modelo de DRE: veja a estrutura ideal desse demonstrativo contábil
Agora você pode focar na projeção do Demonstrativo Fluxo de Caixa. Ao contrário do demonstrativo mencionado anteriormente, o DFC não prevê nada explicitamente e não pede a inserção de resultados históricos antes da previsão.
A projeção do DFC deve ser feita em três seções principais:
- Caixa das atividades operacionais;
- Caixa das atividades de investimento;
- Caixa das atividades de financiamento.
Depois da DRE e da DFC é hora de projetar o seu Balanço Patrimonial. A partir dessa atividade é possível capturar uma imagem dos bens e obrigações de uma empresa no fim de determinado período.
Lembre-se de que as variações do seu Balanço Patrimonial devem acompanhar as premissas operacionais da DRE. Dando uma atenção especial ao impacto que a atividade operacional terá sobre as contas que impactam na necessidade de capital de giro (Clientes, Estoque, Fornecedores, Mão de Obra, Tributos).
Utilizar um bom software de gestão contábil é a melhor forma de garantir agilidade, consistência e precisão ao consolidar todas as informações da modelagem.
Criado com foco na emissão, integração e análise de relatórios contábeis, o Analize aumenta a confiabilidade e acurácia dos relatórios e modelos, proporcionando uma gestão de contabiliade eficaz. Além disso, ele também automatiza tarefas repetitivas, oferecendo ao seu time tempo de qualidade para elaborar análises cada vez mais estratégicas.
- Leia também: Risco financeiro: os 7 principais tipos e como gerenciá-los
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