Fluxo de caixa direto e indireto: principais diferenças e melhor escolha para o seu negócio

O fluxo de caixa é o demonstrativo financeiro mais popular entre os empreendedores. E não é à toa! A partir dos dados da Demonstração de Fluxo de Caixa, os gestores conseguem compreender melhor a performance do negócio, além de realizar ações mais estratégicas.

Este demonstrativo pode ser realizado em sua forma direta e indireta. Sendo que cada uma delas fornece informações em diferentes níveis de apuração.

Neste artigo, você vai aprender:

- O que é fluxo de caixa?

- Quais são as principais diferenças entre fluxo de caixa direto e indireto

- Quando usar o fluxo de caixa direto e indireto

- Como agilizar a elaboração do fluxo de caixa direto e indireto

 

O que é fluxo de caixa?

De acordo com o Sebrae, um dos principais motivos para a mortalidade de empresas no Brasil é a má gestão do negócio, principalmente da área financeira.

Muitos empreendedores acabam deixando as finanças por último, seja por falta de tempo ou mão de obra qualificada. Esquecendo-se que o dinheiro é o oxigênio da empresa.

E é justamente aqui que entra o fluxo de caixa. O fluxo de caixa é o controle do que entra e sai da conta bancária do negócio. Esse controle pode ser feito de forma diária, semanal ou mensal.

Ele é como uma foto, ilustrando as entradas e saídas de um período específico. Se entra mais verba do que sai, você tem um fluxo de caixa positivo. Se sai mais verba do que entra, acende-se uma luz de alerta para um fluxo negativo.

Independente do formato escolhido por você, a nossa dica é se esforçar para obedecer a esse prazo.

 

1. Fluxo de caixa direto

Ele é o mais conhecido e executado pela maioria dos empreendedores. O fluxo de caixa direto é a demonstração que apresenta as movimentações do caixa da empresa, ocorridas em um determinado período.

Ele evidencia as entradas e saídas de caixa relacionadas às atividades operacionais, atividades de investimento e atividades de financiamento. No entanto, o fluxo de caixa direto não deve ser a única ferramenta utilizada para acompanhar as finanças da empresa.

Isso porque ele não considera nenhum tipo de desconto. Ou seja, seu diagnóstico oferece apenas um resultado bruto da área financeira.

Para elaborarmos o fluxo de caixa direto, precisamos do Balanço Patrimonial da empresa, a Demonstração do Resultado do Exercício e da Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados.

 

Como fazer a demonstração de fluxo de caixa direto

Para fazer o seu fluxo de caixa direto, basta seguir este roteiro.

1) Calcule as atividades operacionais usando a fórmula:

vendas à vista = vendas totais - vendas a prazo.

2) Agora é a hora de calcular os pagamentos realizados aos fornecedores (compras pagas à vista). Isso é feito através da fórmula:

compras a vista = compras totais - compras à prazo.

3) Depois disso, você deve mensurar os pagamentos relativos às despesas operacionais. Aqui vão entrar os desembolsos relativos a:

- Despesas de vendas;

- Despesas administrativas;

- Despesas antecipadas;

- Depreciação.

4) No final, você soma individualmente as entradas e depois as saídas.

- Entradas

Vendas à vista.

- Saídas

Compras à vista;

Despesas administrativas;

Despesas antecipadas;

Pagamento de tributos.

5) Por último, você subtrai as despesas da receita.Em caso de saldo positivo, é registrado o lucro. Em caso de saldo negativo, é registrado o prejuízo operacional.

6) Agora é hora de calcular as atividades de investimento. Neles devem entrar os valores pagos e recebidos em função da aquisição ou venda a vista de bens do ativo não circulante.

Aqui, é importante ter em mente a seguinte regra: se o valor contábil subiu, foram realizadas compras. Logo, saiu dinheiro.

Se o valor contábil diminuiu, foram realizadas vendas. Logo, o dinheiro entrou.

7) Por último, mas não menos importante, os cálculos das atividades de financiamento. Nesta etapa são considerados os valores pagos e recebidos em função da captação de recursos de fora da empresa (sócios, bancos, agentes financeiros).

Mas atenção, a nossa regrinha aqui é diferente da que vimos anteriormente. Quando o valor contábil das atividades de financiamento aumenta, significa que a empresa recebeu dinheiro de fonte externa.

Mas, se esse valor contábil diminui, significa que foram feitos pagamentos às fontes externas.

Resumo:

Fluxo de caixa direto = Valor inicial +- fluxo de atividades operacionais +- fluxo das atividades de investimento +- fluxo das atividades de financiamento

 

2. Fluxo de caixa indireto

No fluxo de caixa indireto, os cálculos e dados consideram os lucros e prejuízos encontrados na DRE, além da depreciação e amortização.

Ou seja, ele inclui as movimentações que podem impactar os lucros do negócio. Como, por exemplo, investimentos, financiamentos ou operações financeiras.

Portanto, podemos considerar que o fluxo de caixa indireto possui vários níveis. Variando de acordo com as informações que são apresentadas nele. Por isso, assim como a sua versão direta, requer dados obtidos através de outras demonstrações contábeis para ficar bem completo.

 

Como fazer a demonstração de fluxo de caixa indireto

Assim como no método direto, você precisará consultar o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício e a Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados.

Vamos às contas?

1) Seu ponto de partida é o Lucro Líquido, menos ou mais o valor de depreciação (para isso, verifique no Balanço Patrimonial de a depreciação já saiu do caixa da empresa). No fim desta conta, você encontrará o lucro ajustado.

2) Agora você vai calcular o seu capital de giro. Para isso você deve encontrar:

- Ativo circulante;

- Passivo circulante;

- Situação do capital de giro.

3) Em seguida, deve-se calcular a variação dos investimentos. Aqui podem entrar aquisição ou venda de máquinas, veículos, imóveis e etc.

4) O próximo item da lista é dedicado aos financiamentos. Neste item você deve considerar dividendos a pagar, financiamentos de longo prazo e o capital social no patrimônio líquido.

Resumo:

Fluxo de caixa indireto = Lucro ajustado +- Variação do capital +- fluxo relativo aos investimentos +- fluxo das atividades de financiamento

Quais são as principais diferenças entre fluxo de caixa direto e indireto

A principal diferença entre o fluxo de caixa direto e indireto é o ponto de referência inicial dos cálculos feitos.

O método direto parte da receita obtida, para então abordar os cálculos de entradas e saídas de dinheiro. O que contribui para definir claramente a fonte e o uso da receita.

Já o método indireto parte do lucro líquido, daí, compara-se os valores das contas patrimoniais para identificar se entrou ou saiu dinheiro do caixa do negócio.

 

Como agilizar a elaboração do fluxo de caixa direto e indireto?

O fluxo de caixa é uma ferramenta fundamental para o planejamento financeiro estratégico e, consequentemente, para o crescimento do negócio. Por isso, é importante garantir que essa atividade esteja sempre em dia e que seja feita com cuidado.

Por isso, contar com ferramentas adequadas, além de agilizar o processo, também reduz a chance de erros e facilita a coleta dos dados necessários.

Um software de gestão contábil, além de automatizar processos repetitivos, conta com ferramentas precisas de análise e gestão dos dados que alimentam estes demonstrativos. O que reduz erros, otimiza o tempo da equipe e mostra de forma intuitiva qual caminho o seu negócio deve seguir para operar sempre em lucro.

- Leia também: Automação na contabilidade: 5 benefícios do processo para a sua empresa

 

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