FP&A é uma sigla para Financial Planning and Analysis, que em português significa planejamento e análise financeira. Sendo assim, o FP&A envolve uma série de atividades estratégicas para a gestão financeira da empresa.

Dentre as principais, podemos destacar o levantamento e tratamento de informações para uma tomada de decisões estratégica. Por isso, dizemos que ela lida com a inteligência financeira do negócio.

Qual é o papel do profissional de FP&A nas empresas

Frequentemente, os profissionais responsáveis pelo FP&A são analistas ou especialistas que aspiram ascender ao cargo de CFO. 

Como tais, eles assumem a responsabilidade pelas análises, pesquisas e processamento de dados, que vão fundamentar a tomada de decisão dos gestores.

Além disso, os analistas de FP&A precisam ter afinidade com a tecnologia. Afinal, softwares e sistemas estão cada vez mais presentes no dia a dia desses profissionais, seja através de plataformas voltadas para as finanças e contabilidade, seja através de ERP’s que trazem dados de outras áreas da empresa.

Por exemplo, imagine que uma empresa gere sua demonstração de resultado do exercício de um determinado período. Por mais que ele seja completo, o que é apresentado é apenas um resumo da big data coletada.

Um analista de FP&A vai acessar os sistemas para analisar esses dados financeiros e operacionais para oferecer análises detalhadas. Gerando algo que se assemelha a DREs de várias áreas, regiões geográficas, produtos ou linhas de negócio da empresa.

Logo, os profissionais de FP&A precisam ter um conhecimento amplo das diferentes áreas da empresa, além de seus respectivos gestores.

A partir disso, o FP&A trará para a empresa tanto a visão estratégica geral (de caráter mais genérico) quanto a visão estratégica mais específica (e, consequentemente, mais detalhada e técnica). 

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5 dicas para um FP&A eficiente

1. Integre seu planejamento estratégico ao FP&A

Estima-se que, até 2024, 70% das empresas terão o foco do FP&A totalmente voltado para projetos de planejamento e análise estendidos, representados pela sigla em inglês xP&A (Extended Planning and Analysis).

Esse planejamento estendido viabiliza a integração entre as áreas da empresa. O que impacta positivamente a visibilidade que a alta administração possui do negócio.

Consequentemente, fica muito mais fácil identificar pontos fortes e fracos para aumentar o desempenho da empresa. Além disso, esse formato de planejamento também contribui para uma previsão de cenários futuros, estimula os negócios e impacta positivamente nas finanças do empreendimento.

2. Orçamento contínuo e a previsão de cenários futuros

Empresas que encaram mudanças constantes de cenário se beneficiam muito da previsão contínua. Afinal, através da revisão periódica os gestores têm a oportunidade de direcionar os recursos disponíveis com mais eficiência.

O orçamento contínuo deriva do termo em inglês rolling forecasting. Ele foi criado para se referir aos processos através dos quais são feitas as previsões do negócio, tomando como base dados financeiros e o orçamento disponível.

A partir da técnica de orçamento contínuo é possível melhorar o desempenho da empresa além de estar mais bem preparado para encarar os desafios do futuro.

Um estudo realizado pela IBM em 2018 apontou que empresas que adotaram esse formato de orçamento melhoraram em 14% a assertividade de suas previsões. Além de reduzirem em 33% o tempo utilizado para a elaboração, o que resultou em um aumento de 300% na produtividade da equipe

3. Monte uma equipe com profissionais diferentes formações

Como você deve ter percebido, os analistas de FP&A acumulam uma série de responsabilidades, sendo que cada uma delas requer um diferente conjunto de hard e soft skills.

A melhor maneira de desenvolver uma estrutura operacional favorável ao negócio é montando uma equipe com competências diversas.

Dessa forma, vai ser muito mais fácil produzir relatórios e análises capazes de expandir seus centros de excelência para mais áreas de atuação da empresa.

4. Utilizar o Orçamento de Base Zero

O Orçamento de Base Zero vem ganhando cada vez mais espaço entre os gestores financeiros. Isso porque, através dessa técnica, é fácil identificar quais custos e despesas são essenciais para o funcionamento do negócio e quais podem ser cortados da folha.

Por mais que orçamentos a longo e médio prazo sejam importantes, limitar-se a eles é perigoso. Afinal, muitas coisas podem mudar a curto prazo, inutilizando alguns gastos que faziam sentido.

Imagine, por exemplo, o caos causado pela pandemia em 2020. Como a base histórica de dados poderia embasar a tomada de decisão da empresa se a pandemia era um momento sem precedentes?

O Orçamento Base Zero te dá a liberdade necessária para rever a estratégia de redistribuição de caixa, de forma que os recursos aplicados possam impulsionar o crescimento do negócio. 

5. Contar com uma ferramenta online

Para dar conta de todas as análises e relatórios do FP&A, além do conhecimento técnico, seus analistas vão precisar de boas ferramentas.

Um bom software de gestão contábil integra processos e consolida informações, além de automatizar processos repetitivos, poupando tempo para que sua equipe passe mais tempo desempenhando tarefas estratégicas.

Mas a praticidade não é o único motivo para aderir a estas ferramentas. Afinal, também é indispensável que os dados apurados no planejamento e análise financeira sejam auditáveis.

Caso contrário, a organização pode cometer erros na gestão orçamentária, projeção de cenários, entre outras atividades que envolvem o seu desempenho financeiro.

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